Seu filho nasceu, a vida renasceu. Você está mais atenta às necessidades do bebê e qualquer movimento se torna sinal de alerta. Mas o que talvez não perceba são as mudanças que estão acontecendo com seu estado físico, psicológico e emocional.

Durante a gestação, a mulher passa por mudanças no corpo para se adaptar à nova vida que gera. Logo depois do parto, ela passa por um processo para retornar sua condição corporal e emocional antes da gravidez: o puerpério. Esse período também é chamado de resguardo ou quarentena e acontece de 6 a 8 semanas após o nascimento do bebê, se estendendo por 45 dias ou mais.

Nesse período, o útero inicia o processo para voltar ao seu tamanho e peso normais, assim como os órgãos que se adaptaram ao seu crescimento. Ele também irá se contrair para controlar o sangramento que acontece com a saída da placenta.

Nos 25 dias posteriores, o endométrio vai cicatrizando naturalmente e com o passar dos dias vai recobrar a espessura. A ovulação pode voltar entre os 30 ou 45 dias do puerpério. Ele pode durar mais alguns dias e, caso a amamentação do bebê tenha uma duração maior, ainda atrasar o retorno normal do ciclo menstrual.

A pigmentação cutânea desaparece após um tempo e as estrias perdem sua cor avermelhada para um tom perolado. A flacidez que fica na parede abdominal desaparece. Caso contrário, os exercícios físicos, depois de liberados pelo ginecologista, ajudarão na rápida recuperação.

O puerpério é também o momento em que a sensibilidade da mamãe intensifica e todos os sentimentos entram em conflito. Seja a alegria pela chegada do novo bebê ou medo e insegurança por não saber se vai conseguir realizar a jornada de ser mãe, e também a necessidade de carinho e atenção do parceiro e daqueles que estão à sua volta.

A mamãe precisará de um tempo. Não apenas pelo esforço do parto, mas também pela necessidade da recuperação. Neste momento, o número de visitas deverá ser controlado para preservar tanto ela como o bebê.

Por maiores que sejam suas preocupações, as dificuldades para ela são grandes. Por isso, é importante estar ao seu lado para ajudá-la a entender que sentir-se assim é completamente normal e que não é preciso passar por essa fase sozinha.

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